A grande quantidade de cidades que adotaram a gratuidade de passagem para o segundo turno das eleições parece ter gerado efeitos positivos. A medida foi considerada um sucesso e obteve o apoio da população que utilizou do serviço.
São Paulo é uma das cidades que agora parecem considerar a possibilidade de adotar a gratuidade da passagem de ônibus em definitivo. Segundo o jornal SP2, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pediu um estudo sobre a possibilidade de zerar a tarifa do ônibus na capital. Inicialmente, as primeiras estimativas dizem que a medida custaria cerca de R$ 10 bilhões ao ano.
“Pedi para que a SPTrans faça um estudo tanto jurídico, quanto financeiro. A gente tem visto essa questão da importância de fazer com que o transporte coletivo seja mais utilizado, utilizar menos o transporte individual”, declarou o prefeito.
Nunes descartou usar recursos municipais para isso. A ideia seria um financiamento para pagar o valor anualmente, com a possibilidade de usar o crédito que as empresas pagam para o trabalhador no bilhete único. Alguns procuradores acreditam que isso seja possível, da mesma forma que alguns vereadores viram a proposta com bons olhos.
Atualmente, a tarifa da passagem em São Paulo é de R$ 4,40. No último mês o prefeito em exercício, Milton Leite (União Brasil), liberou um subsídio de mais de R$ 492 milhões (quase 30% maior do que o do ano passado) para bancar o transporte público na cidade, através de decreto. O dinheiro é destinado para complementar o valor da passagem paga pelos passageiros às empresas. Sem esse valor, a administração municipal diz que a tarifa custaria R$ 7,60.
“A gente está discutindo agora a COP 27, então, o que tem em relação ao transporte gratuito é um pedido de estudo, que eles vão fazer, vão me trazer, se houver e viabilidade do ponto de vista financeiro, econômico, legal, é possível que isso caminhe”, complementou o prefeito.