*baseado na matéria de Oliver Moore, Urban Affairs Reporter/The Globe And Mail
O difícil período da pandemia e o momento de diminuição na circulação de carros, acabou lançando luz sobre o uso de espaços para estacionamento de veículos. Muitas cidades passaram a utilizar essas áreas de maneira mais interessante, no Canadá, crianças de Montreal passaram a brincar em uma área que antes era um estacionamento. Winnipeg teve vários estacionamentos transformados em áreas de jardim para uso de bares. Um edifício de madeira deverá substituir um estacionamento no centro de Toronto, onde o espaço para 37 veículos irá dar lugar para 100 novos apartamentos disponíveis para aluguel.
No entanto, algumas cidades ainda parecem ter dificuldades para implementarem essas mudanças. Vancouver tentou cobrar mais para o estacionamento de veículos mais poluentes, mas a votação para aprovação acabou sendo desfavorável. A cidade de Regina aprovou recentemente um grande estacionamento no centro. Toronto ainda insiste em manter a maioria dos estacionamentos em um de seus bairros centrais que possui grande movimento de pedestres.
Ainda sim, a tendência tem ido mais na direção da redução nas vagas de estacionamento do que o contrário. Em 2020, Edmonton se tornou a primeira cidade canadense a remover os requisitos mínimos para estacionamento em empreendimentos. Mais de uma dúzia de cidades canadenses seguiram esse exemplo, especialmente pelo reconhecimento na quantidade de espaço que pode ser adquirido para imóveis no lugar de estacionamentos.
Depois que Toronto passou a permitir que vagas de estacionamento fossem usados como áreas de lazer durante a pandemia, um estudo mostrou que isso gerou muito mais receita que o uso original. A estimativa é que os usuários gastaram cerca de US$ 181 milhões nessas novas áreas, no lugar dos US$ 3,7 milhões gerados pelos estacionamentos. No caso de áreas residenciais a tendência é dos estacionamentos ganharem ainda menos.
